Princípio dos 3 R's
Existe um compromisso da comunidade científica mundial em seguir os Princípios de Russell-Burch (1959) de “redução, substituição e refinamento” no uso de animais, conhecido como Princípio dos 3R’s. Mesmo que datada do final da década de 50, os princípios de William Russell e Rex Burch ainda mantêm-se ativa nos meios científicos e acadêmicos. Deve sempre haver reflexão para tentar reduzir o número de animais por procedimento experimental, sem afetar os resultados, substituir o uso de animais sempre que possível e aprimorar métodos já descritos para minimizar o desconforto animal são imperativos.
O que são os 3 R's?
REDUCTION (redução)
• Estabelecimento de banco de dados, facilitação de acesso à literatura especializada e estímulo a publicação de resultados negativos.
• Qualidade genética, sanitária e ambiental dos animais possibilita uma menor dispersão dos resultados portanto diminuição do número de animais utilizados;
• Planificação das experiências a fim de poder compartilhar os mesmos animais.
REPLACEMENT (substituição)
• Substituição de estudos em animais vertebrados vivos, por invertebrados, embriões de vertebrados ou microorganismos;
• Trabalhos com órgãos e tecidos isolados de animais;
• Técnicas “in vitro” utilizando cultura de tecidos e células;
• Sistemas físico-químicos mimetizantes de funções biológicas;
• Simulação de processos fisiológicos utilizando computadores.
REFINEMENT (refinarmento)
• Refinar os protocolos experimentais para minimizar a dor ou o estresse sempre que possível
Como refinar?
• Obter treinamento adequado antes de executar qualquer experimento;
• Usar técnicas apropriadas para o manuseio dos animais;
• Assegurar que as dosagens das drogas estão corretas;
• Identificar a dor ou o estresse e estabelecer procedimentos para prevenir ou aliviá-los;
• Usar analgésicos e anestésicos apropriados para experimentos potencialmente dolorosos;
• Realizar cirurgias de forma asséptica para evitar infecções;
• Realizar uma única cirurgia por animal;
• Estabelecer cuidados pós-cirúrgicos adequados.
• Obter treinamento adequado antes de executar qualquer experimento;
• Usar técnicas apropriadas para o manuseio dos animais;
• Assegurar que as dosagens das drogas estão corretas;
• Identificar a dor ou o estresse e estabelecer procedimentos para prevenir ou aliviá-los;
• Usar analgésicos e anestésicos apropriados para experimentos potencialmente dolorosos;
• Realizar cirurgias de forma asséptica para evitar infecções;
• Realizar uma única cirurgia por animal;
• Estabelecer cuidados pós-cirúrgicos adequados.
Adicionalmente, outros 2 R's. apesar de não constarem à princípio, devem também ser considerados:
Respeito – trabalhar com uma vida, conhecer comportamento de cada espécie, suprindo necessidades, com manipulação e instalações adequadas;
Relevância – considerando a importância do trabalho, justificar o uso animal, pensar até que ponto os procedimentos e resultados podem ser extrapolados para a realidade de um tratamento para o ser humano ou outro animal.
Deve ser levado em consideração o grau de prejuízo (físico, emocional e comportamental, entre outros) a que o animal será submetido em relação ao benefício no que diz respeito à ampliação do conhecimento na área de investigação; a melhoria na qualidade da compreensão de mecanismos fisiológicos, patológicos, toxicológicos em relação ao aprimoramento de informações sobre saúde humana e animal, ou seja, fazer sempre uma avaliação da relação maleficência / beneficência.